
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
(Mario Quintana)
RMoon
2 comentários:
Olá Reggina!
Na memória está guardada uma imagem
de alguém distante, há muito ausente
mas tal qual como uma terna miragem
é tão nítida que quase se vê e sente
É interessante ver como a poesia pode revelar a extrema grandeza de um sentimento. Beijos
Manu,
Obrigada por sua visita, seu Blog também é também um lugar aonde gosto sempre de estar...
Um beijo!!
Reggina Moon
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