
Preciso navegar na flor dos ventos.
Sem rios sou poesia de concreto
e perco a rima maga do quarteto,
que chega à minha foz a passos lentos.
Preciso naufragar no branco e preto.
Sem eles perco o sol e os pigmentos
que enfeitam as palavras e os acentos,
da mágica das linhas do soneto.
Preciso dos silêncios de uma estrela!
Sem eles sei, jamais posso revê-la,
e a estrada perde o encanto da alvorada...
E sigo a perseguir essa metáfora!
O tempo passa e nunca mudo a tática,
pois sei que na palavra encontro a estrada.
(Nathan de Castro)
M@ria
Um comentário:
Olá Maria!
Por si só, a metáfora é poesia
figura estilística de um poema
mais forte que a bela alegoria
e indecisa como qualquer dilema
Mais um poeta que desconhecia. Gostei deste soneto. Beijos
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