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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

À Tarde


Talvez por seres, para mim, a imagem
da quietude fatal, vem, sê bem-vinda.
Ó Tarde! E - quando te corteja a aragem
e os cirros estivais e quando, ainda,

trazes do ar nebuloso trevas que agem
sobre o mundo, ao tremor de luz que finda,
e me acolhes, na mais secreta viagem
da alma - eu te sinto, assim tão suave e linda.

Conduzes minha mente, numa prece,
ao eterno vazio; e o tempo ruim
foge e leva consigo e faz que cesse

a ânsia que me envolvia. A paz, enfim!
E, enquanto a paz me deixas, adormece
o espírito feroz que há dentro em mim.

Ugo Foscolo
M@ria

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