
Canta a cigarra, peito ufano, cheio,
canta e se encanta com o seu cantar;
canta tão alto... Fere o ouvido alheio...
Mas canta, canta... Canta se parar.
Lança palavras , beijos, galanteio,
faz-se em pedaços, jogados ao ar...
Pretende a glória, qualquer seja o meio...
Sem alvo certo... A todos quer tocar.
E canta um canto de engano e mentira,
pouco se importa com quem quer que fira,
vai pela vida sem preocupação.
E os dias passam, vem a noite fria...
E a rouca voz, o tempo silencia...
E já não canta, sente solidão!
Patricia Neme
M@ria
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