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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Soneto da Fidelidade


De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Morais

M@ria

2 comentários:

Manu disse...

Olá Maria!

O poeta tem este dom da palavra
faz do soneto um modo de pranto
mostra ao mundo o seu desencanto
um sofrimento seu, da sua lavra

quer, mais que tudo, a fidelidade
uma atenção especial é requerida
quer ser respeitado durante a vida
respeite-se então esta sua vontade

o poeta agradece com a voz embargada
o respeito que por ele demonstramos
eu te respeito mestre poeta Vinicius

a tua poesia é uma riqueza imaculada
com toda a tua obra nos encantamos
és poeta maior mesmo com teus vicios

Coincidência ou não? Acabei agorinha mesmo de ler uma antologia poética de Vinicius de Moraes, poeta imortal. Beijo.

M@ria & Reggina Poesias disse...

Manu...Vinicius é tudo de bom.
Agradeço sua visita.......Volte sempre.

Boa Noite....Beijos meus!