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sábado, 5 de setembro de 2009

A Máscara

Eu sei que há muito pranto na existência,
Dores que ferem corações de pedra,
E onde a vida borbulha e o sangue medra,
Aí existe a mágoa em sua essência.

No delírio, porém, da febre ardente
Da ventura fugaz e transitória
O peito rompe a capa tormentória
Para sorrindo palpitar contente.

Assim a turba inconsciente passa,
Muitos que esgotam do prazer a taça
Sentem no peito a dor indefinida.

E entre a mágoa que a máscara eterna apouca
A Humanidade ri-se e ri-se louca
No carnaval intérmino da vida.

(Augusto dos Anjos)
RMoon

2 comentários:

Manu disse...

Olá Reggina!

Um rosto que assim se refugia
esconde a sua face verdadeira
uma máscara... é pura fantasia
e menos pele do que a primeira

Segredos que se podem ocultar
mas a essência ainda permanece
há quem a máscara possa tirar
mas a máscara sempre aparece

há sorrisos no lugar de pranto
silêncios em vez de belo canto
só vidas falsas, de mentirinha

eu sei bem do que estou a falar
era velho costume, me mascarar
sim! Uma máscara que era minha

Belo soneto esse. Beijos.

M@ria & Reggina Poesias disse...

Manu,

Sua presença e seus comentários nos deixam sempre muito felizes!!!

Um grande beijo e ótimo Domingo!

Reggina Moon