
Dores que ferem corações de pedra,
E onde a vida borbulha e o sangue medra,
Aí existe a mágoa em sua essência.
No delírio, porém, da febre ardente
Da ventura fugaz e transitória
O peito rompe a capa tormentória
Para sorrindo palpitar contente.
Assim a turba inconsciente passa,
Muitos que esgotam do prazer a taça
Sentem no peito a dor indefinida.
E entre a mágoa que a máscara eterna apouca
A Humanidade ri-se e ri-se louca
No carnaval intérmino da vida.
(Augusto dos Anjos)
RMoon
2 comentários:
Olá Reggina!
Um rosto que assim se refugia
esconde a sua face verdadeira
uma máscara... é pura fantasia
e menos pele do que a primeira
Segredos que se podem ocultar
mas a essência ainda permanece
há quem a máscara possa tirar
mas a máscara sempre aparece
há sorrisos no lugar de pranto
silêncios em vez de belo canto
só vidas falsas, de mentirinha
eu sei bem do que estou a falar
era velho costume, me mascarar
sim! Uma máscara que era minha
Belo soneto esse. Beijos.
Manu,
Sua presença e seus comentários nos deixam sempre muito felizes!!!
Um grande beijo e ótimo Domingo!
Reggina Moon
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